terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ao Conjunto da Militância do Movimento Esquerda Socialista - MES


No último período, de forma mais grave a partir da III Conferencia Eleitoral do PSOL, temos tido na corrente um acúmulo de divergências políticas e problemas metodológicos, sempre secundarizados pela concordância na orientação política nos pontos centrais para nossa atuação na condução do PSOL. Neste último período não temos funcionado como uma corrente e sim com um bloco político com base em políticas comuns.

Na construção da tese para o III Congresso do PSOL os problemas e a forma fracionada de nosso funcionamento se expressaram de forma mais concreta. Apesar do trabalho de elaboração da tese ter sido condensado no Secretariado da Corrente, ficaram expressas diferenças no entendimento do que deve ser a orientação política do MES para o PSOL. Estas divergências, em nossa avaliação, derivam da firme decisão tomada por parte da corrente em associar-se à IV Internacional.

Fizemos um grande esforço para que o que fosse apresentado como elaboração consolidada de todos nós tivesse um meticuloso cuidado com certas caracterizações e detalhamentos, o que ao fim significaria uma reorientação não só no terreno programático mais geral, mas na política cotidiana da corrente. Tivemos esse esforço desconsiderado e atropelado, estabelecendo-se nos detalhes a consolidação de uma reorientação política com fortes implicações na construção do PSOL, sem que um importante e expressivo setor da corrente fosse sequer ouvido.

Dentro desta situação iremos apresentar uma tese ao Congresso do PSOL que possa expressar nossa análise e entendimento do que necessita ser o resultado deste Congresso, e que obviamente não vimos contemplado na outra tese apresentada por dirigentes que respeitamos muito, mas que discordamos da linha central. Não estabelecemos com isto uma ruptura, pois os elementos que ora aparecem como divergentes sempre estiveram presentes, dada nossa caracterização de nosso funcionamento enquanto um bloco e a expressão pública, através de um dos membros que assinam nossa tese, Edilson Silva, em numerosos textos públicos e internos ao PSOL. Estamos, logo, dando conseqüência natural a uma situação já dada.

Por não termos ultimamente funcionado como corrente de fato não é possível estabelecer uma forma de solução dessas divergências como se assim estivéssemos funcionando, o que reivindicamos é um dialogo no sentido de encaminharmos conjuntamente o que nós é politicamente comum e imediato. Temos que estabelecer uma relação de frente política entre os que apresentam ambas as teses.

Concretamente nos colocamos a disposição para imediatamente iniciarmos o dialogo que viabilize encaminharmos unitariamente as seguintes questões:

1 – Unidade na intervenção na Reunião do Diretório Nacional do PSOL, onde possamos consolidar o esforço unitário nos temas de interesse comum: a) Acre (nova direção estadual “nomeada” pelo Afrânio sem a aquiescência sequer da Executiva); b) Mato Grosso do Sul (manutenção da direção estadual com a presidência do Lucien, mantida numa reunião unilateral com o Francisvaldo, pois nem Mário Agra e nem o Tostão foram ao estado mediar o conflito); c) Bahia (situação da filiação de Rose Bassuma); e onde mais for necessário, no sentido de não permitirmos desequilíbrios que vão de encontro aos nossos interesses no PSOL;

2 – Organizarmos uma intervenção comum no II Encontro Nacional de Mulheres, com a eleição de delegadas sob a orientação política comum;

3 – Trabalhar conjuntamente nos encaminhamentos do Congresso, desde a Comissão Nacional até as plenárias de eleição de delegados. Na Comissão Nacional já estão Edilson e Mariana, e ambos podem manter-se na tarefa, ou então ser designado outro militante para substituir Mariana se acharem necessário. Com relação à fiscalização, já foi aprovado na Comissão a manutenção de fiscais onde for requisitado com recursos da Nacional, e nossos militantes podem, na medida do possível, acompanhar as localidades em que for de nosso interesse comum acompanhar.

Reafirmamos aqui nosso compromisso em não dar asas às especulações que certamente advirão da existência de dois textos públicos assinados por dirigentes reconhecidos nacionalmente. As divergências que estamos expondo publicamente em nossa tese são o bastante para as nossas justificativas e explicações, não sendo de nosso menor interesse expor divergências de caráter metodológico de quem quer que seja.

O companheiro Zé Gomes (jotagneto@yahoo.com.br) será o responsável de estabelecer esse dialogo sobre os pontos de trabalho comum. Ele buscará os demais companheiros da corrente que assinam a outra tese no sentido de trabalhar o encaminhamento das questões propostas.

20 de agosto de 2011.

Coordenação Nacional da Tese “PSOL: UM PASSO EM DIREÇÃO AO BRASIL REAL”
Zé Gomes – Dir. Nac. PSOL / Exec. Est. PSOL-PE
Albanise Pires – Exec. Est. PSOL-PE
Ari Amorim – Vice Pres. PSOL-PE
Henrique Monte – PSOL-PE
Rodrigo Neri – PSOL-PE
Edilson Silva – Exec. Nac. PSOL / Pres. PSOL-PE
Marcos Dias – Pres. PSOL João Pessoa/PB
Tárcio Teixeira – PSOL-PB
Carlos Leen – Exec. Est. PSOL-MA
Ronaldo Santos – Dir. Nac. PSOL / Exec. Est. PSOL-BA
Icaro Argolo – Exec. Est. PSOL-BA
Waldir Bitencourt – PSOL-ES

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